" Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida.", de Che Guevara

QUIARA: LIBERDADE!”, foi o que todos gritaram no dia 25 de abril de 1974. 

CELESTE: A partir dessa data, este dia tem vindo a ser celebrado todos os anosNa madrugada desse dia, ao som da canção «Grândola, Vila Morena», de José Afonso, o Movimento das Forças Armadas, que conseguira a adesão das principais unidades militares, deu início às operações que conduziram ao derrube do regime ditatorial e à sua substituição por um regime democrático. 


QUIARA: Também ficou conhecido pela «Revolução dos Cravos», visto que as populações na rua vitoriavam os soldados e colocavam-lhes este tipo de flores nas espingardas. 




CELESTE: Durante as primeiras horas da manhã, militares, alguns deles participantes na Guerra Colonial e outros estudantes universitários, separados em várias áreas ocuparam pontos estratégicos na capital portuguesa, Lisboa. Os sinais de código, para dar o arranque das operações contra o Estado Novo, liderado por António de Oliveira Salazar, foram as canções de Paulo da Carvalho e de Zeca Afonso, transmitidas através da rádio nas horas anteriores. 


QUIARA: A mudança foi lenta e até obrigou Marcelo Caetano, Presidente do Conselho de Ministros, a refugiar-se no quartel do Carmo, de onde mais tarde veio a sair com a ajuda do capitão Salgueiro Maia em direção ao exílio no BrasilVitoriosos, os revolucionários asseguraram a implantação do regime democrático e a instauração da nova Constituição portuguesa.  


CELESTE:Grândola, vila morena/ Terra da fraternidade/ O povo é quem mais ordena/ Dentro de ti, ó cidade! ... 


QUIARA: Oh, oh, oh abranda aí os cavalinhos que eu ainda não acabei. 


CELESTE: Continue, Alteza!  


QUIARA: Pouco tempo depois, foi criada uma Junta de Salvação Nacional que nomeou António de Spínola Presidente da República e Adelino da Palma Carlos Primeiro Ministro. Ao longo dos meses seguintes, ou melhor, anos seguintes, existiu uma grande agitação social, período de tempo que ficou conhecido como Processo Revolucionário em Curso. 


CELESTE: Assim, o dia de hoje é conhecido como o Dia da Liberdade e o Dia da Revolução dos Cravos, sendo um célebre feriado nacional em que se recorda a importância da liberdade que, a partir de aí, nos abrangeu a todos, já que “liberdade” representa, nada mais nada menos, que a essência humana. Baseado nisto, estabeleceu-se a expressão “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”, que a meu entender significa que apesar de termos os nossos direitos, personalidade e autonomia não devemos nunca sobrepô-los aos dos outros, porque, independentemente das diferenças entre todos, somos todos iguais, ninguém é melhor nem pior que o próximo. 


QUIARA: Exatamente, a definição de liberdade é um direito de um indivíduo a proceder conforme lhe pareça desde que esse direito não vá contra o direito de outrem e esteja dentro dos limites da lei.  Além disso, não sei se sabes, mas existem pinturas de arte urbana também chamadas de “Muros da Liberdade” dedicados ao 25 de Abril. Alguns artistas retrataram este acontecimento pelas ruas em espaço de expressão ideológica, pois acreditavam que não existia maneira melhor de estimular o pensamento crítico do que uma parede que representava os íntegros cantos de luta 




CELESTE & QUIARA: E já sabem: lutem pelo que acreditam, pois, graças ao esforço dos nossos antepassados, temos esse direito de liberdade de expressão, mas, claro, usem esta regalia sem nunca pisar os outros. VIVA À LIBERDADE!!! 

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